Joice Hasselmann divulgou vídeo onde faz duras críticas a pessoas da imprensa que têm atacado o procurador da República por ser cristão
Redação CPAD news / com informações do Jornal Mensageiro da Paz | 21/09/2016 - 13:55
Segundo a jornalista, que também é autora de uma biografia do juiz Sérgio Moro, “a nação precisa se unir em favor de um homem que coloca Deus em primeiro lugar e que faz justiça. Ele está sendo covardemente atacado até por ser cristão”. Deltan é crente batista no Paraná.
Assista abaixo ao vídeo, divulgado em seu canal no YouTube, onde a jornalista fala sobre esses ataques a Deltan Dallagnol:
Confira abaixo a entrevista que o procurador da República, Deltan Dallagnol, concedeu ao Jornal Mensageiro da Paz (Edição 1572 - maio/2016)
Formado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e com mestrado na Escola de Direito de Harvard, nos Estados Unidos, o paranaense Deltan Dallagnol, 36 anos, tornou-se conhecido em todo o país por coordenar a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) que mais impactou o Brasil até os dias de hoje: a Operação Lava Jato. Procurador da República desde 2002, ele é especialista em crimes financeiros, proferindo palestras e lecionando sobre o assunto há 10 anos. Porém, o que poucos sabem é que Dallagnol, além de competente procurador e professor, é um servo de Deus. Como ele mesmo costuma se apresentar, é “um seguidor de Jesus, marido e pai apaixonado, e procurador da República por vocação”.
Membro da Igreja Batista do Bacacheri em Curitiba (PR), liderada pelo pastor Roberto Silvado, Dallagnol concedeu entrevista exclusiva para o jornal Mensageiro da Paz falando sobre a importância das “10 medidas contra a corrupção”, sobre a Operação Lava Jato e, tomando como exemplo a vida de Neemias, sobre o que cada crente no Brasil pode fazer hoje para ajudar nesse processo de moralização pelo qual passa o nosso país nos últimos dois anos desde que essa operação foi iniciada.
Membro da Igreja Batista do Bacacheri em Curitiba (PR), liderada pelo pastor Roberto Silvado, Dallagnol concedeu entrevista exclusiva para o jornal Mensageiro da Paz falando sobre a importância das “10 medidas contra a corrupção”, sobre a Operação Lava Jato e, tomando como exemplo a vida de Neemias, sobre o que cada crente no Brasil pode fazer hoje para ajudar nesse processo de moralização pelo qual passa o nosso país nos últimos dois anos desde que essa operação foi iniciada.
Quais são essas 10 medidas contra a corrupção e por que elas são importantes?
As “10 Medidas contra a Corrupção” constituem um conjunto de mudanças na lei que têm três objetivos centrais: prevenção, ou seja, evitar que a corrupção aconteça; recuperação dos valores desviados; e punição adequada aos corruptos. Temos de dar um basta na impunidade, porque corrupção e impunidade caminham de mãos dadas. Essas medidas são explicadas em detalhes no site www.10medidas.mpf.mp.br site. Diversas igrejas e líderes cristãos apoiam as medidas.
Como surgiu a ideia de propor essas medidas?
Percebemos que a população colocou muita esperança na operação Lava Jato, mas temos consciência de que é impossível que o Ministério Público, sozinho, consiga reduzir a corrupção. Isso é algo que só dará certo se a sociedade agir, como tem agido. Vivemos uma janela de oportunidade para mudanças, porque nossa população nunca esteve tão sensível ao problema da corrupção e aos males que causa. Por isso, centenas de entidades por todo o país assumiram essa campanha, que não é mais algo apenas do Ministério Público, mas do povo brasileiro.
Passada essa fase de assinaturas para o envio da proposta ao Legislativo, como a população pode continuar colaborando para a aprovação desse projeto?
No dia 29 de março, centenas de voluntários foram até Brasília e levaram mais de 2 milhões de assinaturas para a Câmara dos Deputados. As dez medidas já começaram sua tramitação no Congresso Nacional e pretendemos manter nossa mobilização até que sejam aprovadas e transformadas em lei. Continuamos recebendo assinaturas e cartas de apoio, cujos formulários estão no site da campanha, mas é necessário que a sociedade se assuma como autora da sua história, fazendo contato com os parlamentares – deputados federais e senadores, principalmente – e pedindo seu apoio oficial às medidas.
O senhor acredita que, pelo andar da carruagem, ainda poderemos ter muitas surpresas até o final da operação Lava Jato?
Não podemos falar sobre investigações em andamento, mas gostaria de ressaltar alguns pontos. O primeiro é que o Ministério Público Federal investiga fatos, não pessoas. As investigações avançam à medida que surgem evidências e provas. Outro aspecto importante é que a corrupção é apartidária e histórica, não é uma característica do momento atual. Padre Antônio Vieira, no Sermão do Bom Ladrão, dizia que os governantes portugueses vinham ao Brasil não para buscar o nosso bem, mas para buscar os nossos bens. A expressão “mar de lama” foi cunhada na era Vargas para criticar escândalos de corrupção, e essa expressão foi usada durante a ditadura e o período democrático para fazer referência aos diversos casos de corrupção nos governos federal, estadual e municipal. O que mudou então? Especialmente nas duas últimas décadas, houve um processo de amadurecimento democrático de nossa legislação e de nossas instituições, levando a investigações e controles mais efetivos do mau emprego de verbas públicas. Os resultados das investigações estão melhores, porém a punição de réus do colarinho branco só existe no papel. A Lava Jato já conseguiu recuperar R$ 2,9 bilhões, mas é uma exceção. Ainda temos muito a caminhar para que as punições não só sejam adequadas, mas também sejam efetivamente aplicadas, bem como para termos instrumentos eficazes para recuperar o dinheiro público desviado.
É uma honra para os evangélicos no Brasil ter evangélicos entre as pessoas à frente dessas operações históricas e importantíssimas da Lava Jato, que cremos que ajudarão a moralizar mais o país. Que palavra o senhor deixaria, como servo de Deus, aos demais cidadãos evangélicos desse país que têm orado tanto pela moralização do seu país, pelo sucesso da operação Lava Jato e pela vida de cada membro dessa equipe?
O livro de Neemias retrata a história da reconstrução dos muros de Jerusalém, que significavam a proteção da sociedade contra seus inimigos. Hoje, vivemos num país sem muros, sem barreiras jurídicas contra a corrupção e a impunidade, que transitam livremente no meio de nós. Essa realidade foi mudada, em Neemias, após oração e ação. O povo se uniu e os muros foram reconstruídos. Não tenho dúvidas de que a Igreja tem em seu coração um desejo de restauração e que já orou muito por um país mais justo. O que é necessário, agora, é dar um passo adiante, para adotar ações concretas que possam trazer mudanças sobre as estruturas de injustiça que criam um ambiente favorável à corrupção. Quando o assunto é corrupção, orar é importante, mas precisamos agir. Os cristãos podem contribuir de diversas maneiras: participando de observatórios sociais e ONGs que controlam contas públicas, como a Transparência Internacional e a Contas Abertas, e acompanhando o processo de aprovação das “10 medidas contra a corrupção” no Congresso Nacional, coletando mais assinaturas e conseguindo apoio dos parlamentares.
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